SOBRE O TEMA: 

"A cidade, a escola, o campo, os espaços artísticos e de produção científica, são territórios férteis para produção de sentidos e significados, para ressignificar a cultura pela reconstrução dos vínculos sociais. Contrapor-se ao pensamento hegemônico sobre o território requer uma mudança de perspectiva sobre as relações de interação do sujeito e seu meio, sendo conscientes das diversas concepções de território, que perpassam vivências particulares e coletivas. Como, por exemplo, as dos povos indígenas, populações periféricas, grupos de refugiados, trabalhadores do Movimento Sem Terra, imigrantes, entre outros. Considerando também as interseções de gênero e classe que permeiam estas identidades.

Frente às questões colocadas: como a pesquisa e produção em artes podem contribuir para evocar essas inquietações de forma sensível? Como evidenciar as contradições do nosso tempo e perspectivas de novos modos de nos relacionarmos com o território? Como o repertório da história da arte nos possibilita a construção do senso crítico e uma fruição estética qualificada sobre as obras de arte que tensionam esses assuntos? Como o trabalho educativo pode orientar uma prática social mais consciente pela apropriação dos conhecimentos em arte? Compreender o território na contemporaneidade requer uma reflexão sistemática, radical e em conjunto, sobre as questões que emergem da realidade objetiva dos agentes envolvidos.

O tema foi escolhido por evocar essas múltiplas discussões que pretendem ser contempladas nas suas diversas perspectivas. Propomos o diálogo em coletivo como um meio necessário para amplificar vozes e desafiar narrativas dominantes, no contexto em que recentes acontecimentos enfraqueceram significativamente o tecido social."

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